Hoje quero partilhar-vos o que vivi nos últimos dias. Sei que não foi feito no âmbito de nenhum projecto do MSV, mas por ter sido uma experiência tão intensa e que me trouxe tantas coisas boas, quero contagiar-vos com a minha alegria e (talvez) despertar em vós a vontade de experimentar algo como eu e o João Ricardo experienciámos.
Trata-se de um encontro europeu de Taizé, a que eles chamam carinhosamente de peregrinação de confiança. Já tinha ido três vezes a Taizé com alguns amigos, mas gostava de experimentar algo de diferente. Foi, então, no dia 26 de Dezembro que parti, praticamente sozinha, de Lisboa com destino a Poznan, na Polónia. Desta forma, parti sem objectivos definidos. Entreguei a Deus este meu tempo e confiei.
Foi talvez esta uma das razões que me fez ter algo de tão intenso. Infelizmente ou felizmente não vos consigo explicar o que senti. Infelizmente, porque adoraria que sentissem algo tão bom; felizmente, porque terão de experimentar para perceber do que falo.
A família que nos acolheu: o pai - Piotr, eu, a minha colega de família - Cátia, a filha mais nova - Alexandra (uma fofinha: dormiu em casa da avó para nós lá podermos ficar) e a mãe - Justyna.
Não vos consigo explicar o que senti quando uma família da cidade, simples e humilde, sem qualquer prespectiva de receber algo em troca, nos recebeu de uma forma tão calorosa; o que senti quando conseguiamos comunicar com eles não com polaco, inglês ou português, mas com a linguagem do sorriso, do gesto, do amor...; o que senti quando fui acolhida num grupo de jovens que, como eu, tinham ido naquela peregrinação e me aceitaram sem olhar ao aspecto exterior, sem me julgarem de qualquer forma; o que senti quando, nas orações, a mistura de linguas tão diferentes expressava exactamente o mesmo e se dirigia para o mesmo; o que senti quando entendi que, comigo, aqueles restantes 30 000 jovens vão voltar ao seu país e iluminar os que os rodeiam com o pedacinho que levam de Deus.
Como foi anunciado há um ano atrás, o nosso quinto encontro asiático de jovens será daqui a algumas semanas, no início de Fevereiro, nas Filipinas, em Manila. Os Filipinos, que estão aqui entre nós, asseguram-nos que as portas e os corações estão completamente abertos para o acolhimento.
Depois da Ásia, voltaremos à América Latina. De 8 a 12 de Dezembro de 2010, o segundo Encontro Latino-americano terá lugar no Chile, na cidade de Santiago.»